sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Marta Suplicy homenageia Alexandre Ivo

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) revelou que vai levar à votação o Projeto de Lei da Câmara 122/06 - que visa tornar crime a homofobia em todo o território brasileiro -, na próxima quinta-feira (08), às 9h, na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH). Na ocasião, a parlamentar vai apresentar o substitutivo ao antigo texto.


PLC 122 será votado semana que vem; Marta Suplicy homenageia Alexandre Ivo

Ao saber do anúncio de Marta Suplicy, o senador fundamentalista Magno Malta (PR-ES), que iguala homossexuais a pedófilos e necrófilos, declarou que vai organizar os senadores da Frente Parlamentar em Defesa da Família para "sepultar" de vez o projeto na Comissão do Senado.

Alexandre Ivo
Ao discursar ontem (30) no plenário do Senado, Marta Suplicy prestou homenagem ao jovem Alexandre Ivo, que foi vítima fatal de homofobia aos 14 anos. Ontem, se estivesse vivo, o garoto completaria 16 anos de idade. O texto substitutivo ao PLC 122/06 deve receber o nome de Lei Alexandre Ivo.

"Alexandre teve a vida ceifada pela homofobia, preconceito e ódio. Foi barbaramente torturado e morto", lembrou Marta Suplicy, que também homenageou a mãe de Alexandre, Angélica Ivo. "Ela [Angélica] transformou a dor da perda do filho em luta contra a homofobia e clama por justiça", disse a senadora.



http://acapa.virgula.uol.com.br/politica/plc-122-sera-votado-semana-que-vem-marta-suplicy-homenageia-alexandre-ivo/2/14/15293

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOTA DA ABGLT PELO 16º ANIVERSÁRIO DE ALEXANDRE (V)IVO



Nota Oficial de Solidariedade da ABGLT no dia que seria o 16º aniversário de Alexandre Ivo



A ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - é uma entidade de abrangência nacional que congrega 257 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Desta forma hoje, nesse país que mais assassina lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no mundo, nossas lágrimas se juntam às da família de Alexandre Ivo, jovem adolescente de 14 anos, que foi sequestrado, torturado e brutalmente assassinado em 21 de junho de 2010 por três algozes que tinham pelo menos o dobro de sua idade e porte físico muito superior. Torturado por aproximadamente 3 horas e assassinado por simplesmente ser diferente. Exatamente hoje, 30 de novembro de 2011, Alexandre teria completado 16 anos. Conheça mais sobre a história de Alexandre e sua família no blog:  http://alexandrevivo.blogspot.com/2011/11/se-tivesse-dado-tempo-hoje-faria-16.html

Alexandre Ivo, adolescente de 14 anos, juntamente com centenas de outros assassinados em 2010, não podem voltar mais, porém a sociedade, o Senado  e a Câmara de Deputados junto com a ABGLT, junto com as “Mães pela Igualdade” e outras redes LGBT e de direitos humanos podem impedir novos assassinatos e a dor materna da ausência de seus filhos.

A exemplo da Lei Maria da Penha, a lei que será criada para combater a homofobia será batizada de Lei Alexandre Ivo, em homenagem ao adolescente e aos milhares de pessoas LGBT assassinadas no Brasil. A lei visa proteger também heterossexuais vítimas de homofobia, como foi o caso do pai que teve a orelha decepada, pois todo comportamento que foge aos padrões estabelecidos por estes assassinos, correm riscos. Em nosso país, pai não pode beijar seus filhos homens! Conheça mais sobre o projeto de lei: http://www.plc122.com.br/#axzz1fEHAixYd ewww.homofobiacrime.blogspot.com

Somos todos e todas Alexandre Ivo! Sejamos favoráveis à igualdade entre os/as brasileiros/as independente de gênero, identidade de gênero, etnia, confissão religiosa ou orientação sexual. O ódio ao público LGBT não é divino e tampouco humano!

Neste dia do aniversário de Alexandre Ivo, vamos todos/as gritarmos: somos Alexandre Ivo!

No dia 8 de dezembro, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal deverá votar a Lei Alexandre Ivo. A ABGLT convida a todo/a e qualquer cidadã e cidadão, bem como entidades e órgãos no Brasil, a lutarem por justiça! Temos a chance e contamos com você. Liguem 0800 61 22 11, gratuitamente, inclusive de celular,   e  deixem seu  recado  para os  senadores do seu estado, pedindo que  votem favorável ao PLC 122 - Lei  Alexandre  Ivo.  Lei  que  criminaliza  a  homofobia  no  Brasil. Você  deve fazer o cadastro -  É rápido, e fácil. O pedido também pode ser feito por meio da Ouvidoria do Senado www.senado.gov.br/senado/ouvidoria

Centenas de pessoas já o fizeram no Brasil. Estamos esperando sua vez para o Brasil parar de derramar sangue inocente. Hoje somente quem faz oposição são religiosos homofóbicos fundamentalistas que não têm compromisso com os direitos humanos.        

Para a ABGLT, familiares, parentes e amigos, todo APOIO ao projeto de lei ALEXANDRE IVO. Isso pode traduzir os anseios, respostas e demandas de luta pela vida e pela igualdade, cidadania, respeito ao público LGBT no BRASIL.

Em memória de Alexandre Ivo e tantos/as que já foram espancadas/os e assassinadas/os por ódio, discriminação e repulsa pelo simples fato de SER DIFERENTE.

Não se cale! Ligue e expresse seu amor: 0800 61 22 11

14 pesquisas científicas nacionais comprovam que 70% da população LGBT já sofreram discriminação por serem o que são, e 20% já sofreram violência física pelos mesmos motivos.

Alexandre Ivo vive em nossos corações e mentes. Sua morte e os pelo menos 3.446 assassinatos de pessoas LGBT de que se tem conhecimento não podem ficar impunes.



30 de novembro de 2011


ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Se tivesse dado tempo, hoje faria 16 anos...



"Alexandre Ivo, hoje vc completaria 16 anos. O começo de uma vida, um futuro pela frente...Porém, um encontro fatal com a homofobia, com o ódio, com a intolerância, ceifou seu futuro, tirou vc do convívio com os seus, deixando para trás uma família triste, saudosa e inconformada com tamanha barbárie. 
Vc foi mais um de tantos que perderam essa guerra, vc foi mais um que não teve chance de defesa, vc foi mais uma vítima da ignorância de pessoas sem valores, que se acham no direito de não aceitar, de julgar, condenar e eliminar aquele que consideram "diferente". 
Hoje, meu querido, os parabéns são para sua mãe, que transformou sua dor em luta, que clama por justiça, que mostra a cara pedindo punição para os crimes homofóbicos deste país. E em homenagem ao seu aniversário, eu desejo muita força para Angélica Ivo, para que ela possa continuar nessa luta, exigindo justiça para você e para todas as vítimas da homofobia! "


Angela Moyses - Grupo de Pais de Homossexuais - Brasília-DF

"Saudade... Sensação que toma o peito a vontade de ter algo de novo que se teve um dia... Algo que se amou... que se quis bem... Saudade ... que machuca, que dói, que corrói, pesa demais... Mais que se existe é porque um dia alguém foi motivo de se transformar em SAUDADE!!!
Meu Filho Alexandre Ivo - 30/11/1995 - 21/06/2010
Você nos deixou uma missão que vamos até o fim lutar... RESPEITO PELA VIDA! Você é a ausência mais presente na minha vida!"


Angélica Ivo - Mãe de Alexandre Ivo 
(Movimento Alexandre (V)Ivo)



MEU PRESENTE:

LEI ALEXANDRE IVO

PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA!


Liguem 0800 61 22 11 e deixem seu recado para os(as) senadores(as) que vocês conhecem desta lista abaixo, que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos, pedindo que votem favorável ao PLC 122 Lei Alexandre Ivo. Lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
Façam o cadastro - É rápido!

PRESIDENTE: Senador Paulo Paim (10)
VICE-PRESIDENTE: Senadora Ana Rita (10)
Angela Portela(PT)
Eduardo Suplicy(PT)(21)(31)
Humberto Costa(PT)
Anibal Diniz(PT)(22)(32)(34)
Lídice da Mata(PSB)
Eunício Oliveira(PMDB)
Ricardo Ferraço(PMDB)
Cássio Cunha Lima(PSDB)(14)(30)
Cyro Miranda(PSDB)
José Agripino(DEM)
Vicentinho Alves
Randolfe Rodrigues(11)
Ana Rita(PT)
Marta Suplicy(PT)
Paulo Paim(PT)
Wellington Dias(PT)
Cristovam Buarque(PDT)
Pedro Simon(PMDB)
Eduardo Amorim(PSC)(9)(20)
Garibaldi Alves(PMDB)
João Alberto Souza(25)
Paulo Davim(PV)
Clovis Fecury(DEM)(26)
Mozarildo Cavalcanti(8)
Gim Argello(18)
Marinor Brito

SOMOS TODAS/OS ALEXANDRE (V)IVO!



sábado, 1 de outubro de 2011

Angélica Ivo é MÃES PELA IGUALDADE!



MÃES PELA IGUALDADE PEDEM PELO FIM DA HOMOFOBIA
 Angélica Ivo ao lado do banner - Mães pela Igualdade na Exposição de fotos no Congresso Nacional

As "Mães pela Igualdade" vão de juízas federais a mulheres de negócios e donas de casa – e incluindo várias mães que perderam seus filhos em crimes hediondos anti-LGBT – as "Mães pela Igualdade" vêm de todos os cantos do Brasil e têm histórias importantes para contar depois de uma série de ataques anti-LGBT e assassinatos no início deste ano, seguidos de um comentário particularmente odioso feito pelo deputado federal Jair Bolsonaro. “Prefiro ter um filho morto do que um filho gay”, disse ele à mídia.

Mães pela Igualdade com a Senadora Marinor Brito do PSOL

As "Mães pela Igualdade" juntaram-se inicialmente por meio de um pedido da AllOut.org , uma organização global por direitos LGBT no Brasil, para falarem sobre políticas e atitudes de apoio à Igualdade LGBT. Através de dezenas de mães de pessoas LGBT, essas mães começaram a conversar umas com as outras e a AllOut.org ajudou a coordenar sessões de fotos e reuniões para testemunhos no país inteiro, em parceria com o projeto “Inside Out”. Assim, AllOut.org no Brasil está trabalhando e criando a rede das MÃES PELA IGUALDADE  no Brasil em uma campanha pelo fim da violência homofóbica no Brasil.

Angélica Ivo, o ator Igor Cotrim (Madona), o Diretor Marcelo Faffitte (Filme Elvis e Madona) e o Deputado Federal Jean Wyllys PSOL

As "Mães pela Igualdade", corajosas e orgulhosas de seus filhos e filhas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou travestis (LGBT), estiveram no Congresso Nacional no dia 29 de setembro para o lançamento público da campanha, no auditório Petrônio Portella do Senado Federal, como parte do seminário “Famílias pela Igualdade", promovido pelas Comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e Senado Federal e pela Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT. A abertura da exposição fotográfica "Mãe pela Igualdade" foi realizada após o seminário, pela parte da tarde, no Espaço do Servidor da Câmara dos Deputados.
Atualmente, o Congresso Nacional está discutindo uma legislação que tipifique e regulamente os crimes de ódio cometidos contra LBGTs, o que poderá garantir o mesmo nível de proteção legal a todos e todas as brasileiras, atualmente negado a LGBTs. As "Mães pela Igualdade" foram a Brasília para dizer, exigir e alertar aos parlamentares e outros setores da sociedade o quanto a aprovação dessa legislação é importante não só para LGBTs, mas para toda a sociedade brasileira, para que tomem uma atitude frente ao aumento crescente dos crimes hediondos contra LGBTs no Brasil – os crimes de Homofobia, que tem classificado o Brasil como um dos lugares mais perigosos do mundo para Gays, Lésbicas e pessoas Trans, e por fim, e não por último, afirmar que a IGUALDADE é o valor familiar mais importante que existe, independente de orientação sexual ou identidade de gênero e exigirem e alertarem que parlamentares.

Mães pela Igualdade com o Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL) e Joseph Huff-Hannon da AllOut.org 

O lançamento desse projeto no Congresso Nacional com os retratos e depoimentos, feitos por fotógrafas e fotógrafos sensíveis à causa LGBT em diversas cidades brasileiras, ficarão expostas na Câmara dos Deputados até o dia 4 de outubro, quando serão transferidas para a Galeria Senado, no Senado Federal. Ele dá início a uma série de eventos em grandes cidades brasileiras, nos próximos dois meses, em que retratos gigantes dessas mães serão exibidos em lugares públicos, com isso as "Mães pela Igualdade" contando suas histórias, “mostrando a cara”, sairão às ruas e na mídia para falar sobre violência contra LGBT.

Angelica Ivo e Dep. Jean Wyllys (PSOL) na Exposição Mães pela Igualdade no Congresso Nacional


Para saber mais sobre as "Mães pela Igualdade", visite: http://www.allout.org/pt/maespelaigualdade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

CASO ALEXANDRE (V)IVO na Revista ISTO É! Edição 2185 de 23/09/11.


Infância assassinada

Um estudo exclusivo obtido por ISTOÉ mostra que, pela primeira vez na história, a faixa etária em que os homicídios mais cresceram no Brasil foi a dos 10 aos 14 anos

Michel Alecrim e Solange Azevedo
Aos 11 anos, Laiza Cruz foi levada de casa por um desconhecido. Ela vivia num cortiço no centro do Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado dias depois, com sinais de violência sexual, na Baixada Fluminense. De acordo com um estudo feito pelos pesquisadores Marco Antônio Couto Marinho e Luciana Andrade, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e da rede Observatório das Metrópoles, Laiza estava na faixa etária em que os homicídios mais cresceram no Brasil. A taxa de assassinatos de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos saltou dramáticos 32% entre 1999 e 2009. E, pela primeira vez na história, avançou mais do que nas idades consideradas de maior vulnerabilidade – de 15 a 19 anos (cujo incremento foi de 18,5% no mesmo período) e de 20 a 24 anos (3,1%). “A violência faz mais vítimas entre os jovens há muito tempo”, afirma Couto Marinho. “Mas, nos últimos anos, essas mortes têm sido ainda mais precoces.”


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Não é só a ação de maníacos se­xuais que está por trás desses homicídios. Meninos e meninas também morrem em decorrência da violência policial e da ação de narcotraficantes. “Crianças e adolescentes são mais inexperientes, mais impulsivos e acabam se expondo mais quando se envolvem com traficantes”, afirma Rodrigo Medina, coordenador do Centro de Apoio à Infância e Adolescência do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. No período estudado por Couto Marinho e Luciana, a taxa de assassinatos cresceu em 19 Estados brasileiros e no Distrito Federal. No Nordeste, a escalada foi mais acelerada do que no resto do País. A Bahia registrou o maior aumento de assassinatos na faixa de 10 a 14 anos: espantosos 1.043%. Waldemar Oliveira, coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) do Estado afirma que a chegada do crack, uma droga mais barata, tem empurrado cada vez mais crianças e adolescentes para a morte. “Em cinco anos, houve um aumento de 500% no envolvimento de crianças e adolescentes no consumo e de 900% na comercialização de drogas na Bahia”, relata Oliveira.
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O campeão brasileiro em assassinatos, no entanto, está no Sudeste. É o Espírito Santo. Em 2009, o Estado registrou 8,1 mortos para cada 100 mil habitantes na faixa de 10 a 14 anos e 121,5 dos 15 aos 19 anos. O padre Xavier Paolillo, coordenador da Pastoral do Menor capixaba, diz que essas crianças e adolescentes estão cada vez mais desprotegidos e não têm a completa noção do perigo que enfrentam ao se envolver com traficantes. O religioso lembra que, no passado, os criminosos tinham uma espécie de “código de ética” e não permitiam a aproximação de gente tão jovem – seja para comprar, vender ou consumir drogas. Eles não queriam aquela vida para os próprios filhos nem para os filhos dos outros. Hoje, não. Com a explosão do crack, um garoto que tem acesso a R$ 100 pode comprar uma pedra grande, reparti-la e se tornar um pequeno traficante.


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“A negligência é imensa por parte dos Estados e dos municípios”, relata o psicólogo social Eduardo de Carvalho Mota, presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Goiânia. “Boa parte dos 17 centros de referência e assistência social que existem na capital, que deveriam acolher crianças e adolescentes em risco, não estão funcionando porque está faltando até comida. No Conselho falta, inclusive, papel higiênico. E esse problema é recorrente em várias partes do País.” Goiás é o quarto colocado no ranking nacional de homicídios na faixa dos 10 aos 14 anos: seis mortes para cada 100 mil habitantes. “Esses conflitos são muito complexos e atribuir tudo à droga é um equívoco. Quando colocamos só nas costas do crack, isentamos os outros responsáveis. A sociedade brasileira está destruindo a infância e convive bem com isso”, acredita Renato Roseno, advogado e integrante da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente. “Não podemos falar em guerra porque, se fosse guerra, haveria um inimigo do outro lado. Isso é genocídio.”


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FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/162259_INFANCIA+ASSASSINADA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Juíza do Caso Alexandre Ivo, Dra Patrícia Acioli, é assassinada



NO DIA 11, QUINTA, TERÍAMOS A ÚLTIMA AUDIÊNCIA DO CASO ALEXANDRE (V)IVO, MAS A MESMA FOI TRANSFERIDA PARA SETEMBRO, POIS A JUIZA DO CASO, PATRÍCIA LOURIVAL ACIOLI, 47 ANOS, TITULAR DA 4ª VARA CRIMINAL DE SÃO GONÇALO, ESTAVA AINDA EM JURI COM UM CASO QUE PELO ANDAR DO PROCESSO NÃO TERMINARIA CEDO PARA INSTALAR A AUDIÊNCIA QUE OUVIRIA OS SUSPEITOS DE ASSASSINATO DO ALEXANDRE IVO, E QUE A FAMÍLIA JÁ AVALIAVA COMO A ÚLTIMA DAS AUDIÊNCIAS E O SEU PRONUNCIAMENTO A JURI. 

NO ENTANTO, COMO SEMPRE SAIMOS TARDE DA NOITE DO FORUM DE SÃO GONÇALO, POR CONTA DAS AUDIÊNCIAIS, NESTA A JUÍZA NÃO RETORNARÁ MAIS, POIS NESTA MADRUGADA. INDO PARA SUA CASA, A JUIZA FOI ASSASSINADA, JÁ NO DIA 12 DE AGOSTO DE 2011. SEGUNDO VÁRIAS REPORTAGENS, ELA ESTAVA SENDO AMEAÇADA POR MILICIANOS E TRAFICANTES. A MESMA FOI EXECUTADA COM AO MENOS 15 TIROS DENTRO DE SEU CARRO NA PORTA DE CASA, EM PIRATININGA, REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI. SEGUNDO REPORTAGENS A MAGISTRADA, A PRIMEIRA ASSASSINADA PELO CRIME ORGANIZADO NO RIO DE JANEIRO, TEVE A SEGURANÇA PESSOAL - ESCOLTA POLICIAL RETIRADA POR ORDEM DO ENTÃO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (TJ) DO RIO, LUIZ ZVEITER, HOJE PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (TRE).

CONSIDERADA UMA JUÍZA LINHA DURA, 'MARTELO PESADO' COMO SE CHAMA. SEMPRE COM CONDENAÇÕES EM PENA MÁXIMA DE GENTE LIGADA À MÁFIA DO ÓLEO, MÁFIA DAS VANS, MILÍCIA DE SÃO GONÇALO, POLICIAIS ENVOLVIDOS COM DESVIO, CORRUPÇÃO E TRÁFICO DE DROGAS, BEM COMO COM EXTERMÍNIO. 

DE ACORDO COM AS REPORTAGENS, A JUÍZA PARTICIPARIA NA PRÓXIMA SEMANA DE UM JULGAMENTO IMPORTANTE ENVOLVENDO MILICIANOS. PATRÍCIA ACIOLI FOI A RESPONSÁVEL PELA PRISÃO DE QUATRO CABOS DA POLÍCIA MILITAR E UMA MULHER, EM SETEMBRO DE 2010, ACUSADOS DE INTEGRAR UM GRUPO DE EXTERMÍNIO DE SÃO GONÇALO. A QUADRILHA SEQUESTRAVA E MATAVA TRAFICANTES PARA DEPOIS PEDIR RESGATES DE R$ 5 MIL A R$ 30 MIL A COMPARSAS E PARENTES DAS VÍTIMAS.

ELA TAMBÉM DECRETOU, EM JANEIRO DESTE ANO, A PRISÃO PREVENTIVA DE SEIS POLICIAIS ACUSADOS DE FORJAR AUTO DE RESISTÊNCIA NA CIDADE. NO INÍCIO DA SEMANA, PATRÍCIA ACIOLI CONDENOU A UM ANO E QUATRO MESES DE PRISÃO, POR HOMICÍDIO CULPOSO, O TENENTE DA PM CARLOS HENRIQUE FIGUEIREDO PEREIRA PELA MORTE DO ESTUDANTE OLDEMAR PABLO ESCOLA DE FARIA, NA ÉPOCA COM 17 ANOS. ELE FOI BALEADO NA CABEÇA NA BOATE ALDEIA VELHA, NO BAIRRO ZÉ GAROTO, EM SÃO GONÇALO, EM SETEMBRO DE 2008.

PATRÍCIA ESTAVA NUMA "LISTA NEGRA" COM 12 NOMES POSSIVELMENTE MARCADOS PARA A MORTE, ENCONTRADA COM WANDERSON SILVA TAVARES, O GORDINHO, PRESO EM JANEIRO DESTE ANO EM GUARAPARI (ES). ELE É CONSIDERADO CHEFE DO GRUPO DE EXTERMÍNIO INVESTIGADO POR AO MENOS 15 MORTES EM SÃO GONÇALO NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS. O PRESIDENTE DO TJ, MANOEL ALBERTO REBELO DOS SANTOS, ESTEVE NO LOCAL DO CRIME E DISSE QUE ELA JÁ HAVIA RECEBIDO AMEAÇAS. NA MESMA LISTA APARECE O NOME DO PROMOTOR PAULO ROBERTO MELLO CUNHA DO TRIBUNAL DO JURI, POLICIAIS DO NÚCLEO DE HOMICÍDIOS DA 72 DP (MUTUÁ - SÃO GONÇALO) E O DELEGADO GERALDO ASSED, TITULAR DESTA DELEGACIA.

.SEGUNDO TESTEMUNHAS AS REPORTAGENS QUE CONSULTAMOS, O ATAQUE FOI FEITO POR HOMENS ENCAPUZADOS EM DUAS MOTOS E DOIS CARROS POR VOLTA DAS 23H30 DE QUINTA-FEIRA. PELO MENOS 16 TIROS DE PISTOLAS CALIBRES 40 MM E 45 MM FORAM DISPARADOS CONTRA O FIAT IDEA WEEKEND CINZA DA MAGISTRADA QUANDO ELA CHEGAVA EM CASA. TODOS ACERTARAM O LADO DA MOTORISTA, SENDO OITO DIRETAMENTE O VIDRO. AS BALAS ATINGIRAM PRINCIPALMENTE A CABEÇA E TÓRAX DA JUÍZA, QUE NÃO ANDAVA COM SEGURANÇAS.

NÓS FAMILIARES, PARENTES E AMIGOS DE ALEXANDRE (v)IVO SOLIDARIZAMO-NOS COM A FAMÍLIA, PARENTES E AMIGOS DA DRA PATRÍCIA ACIOLI, POIS SABEMOS O QUANTO É DOLOROSO TER UM DOS NOSSOS BRUTALMENTE ASSASSINADO. QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA E QUE A IMPUNIDADE SEJA REPELIDA NO COTIDIANO DA NOSSA LUTA POR UMA VIDA DIGNA E PELA PAZ.
TORTURA NUNCA MAIS!
ABRAÇOS FRATERNOS

familiares, parentes e amigos de ALEXANDRE (V)IVO!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

RETA FINAL DE INSENSATO CORAÇÃO E O CASO ALEXANDRE (V)IVO


RETA FINAL DE INSENSATO CORAÇÃO: GILVAN, “um menino gay, branquinho, do interior, órfão de mãe, sofre preconceitos do pai e do irmão por ser gay, vem para o Rio de Janeiro, não tem onde morar, seu dinheiro acaba quando chegou por conta da Parada LGBT, pelo alto preço dos produtos, acolhido pela dona do quiosque LGBT onde arrumou trabalho e moradia” foi ASSASSINADO, mas com ele, nos próximos capítulos, vai o casal gay Hugo e Eduardo, pelas mãos do mesmo assassino.

Na vida real, estamos na RETA FINAL DO PROCESSO CRIMINAL DE ALEXANDRE IVO, pelo menos dia 11 de agosto, às 14 horas, será o tão esperado depoimento dos três suspeitos do assassinato, última audiência processual e o pronunciamento da Juíza Patrícia Aciolli da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo-RJ.

Na novela Insensato Coração, as cenas do assassinato do menino GILVAN:
Bem, pode-nos parecer que a realidade se misturou com a ficção, no caso do assassinato do menino GILVAN e o caso ALEXANDRE IVO na novela Insensato Coração. Claro, é uma obra de ficção, mas muito nos faz lembrar, que há exato um ano e um mês, morria nosso ALEXANDRE IVO. Mas o mundo real não é o ficcional das novelas, no mundo real, o rosto transfigurado pelas agressões, as lesões corporais, os dentes quebrados, a cabeça rachada, o sangue escoado no chão e o corpo quase que esquartejado APARECEM para infelicidade, dor, sofrimento e tristeza para seus familiares e amigos. 

Pode parecer que a aparição do GILVAN, um menino de mesmo biotipo e características do ALEXANDRE IVO, branco, de bom porte pela idade, bem apessoado, apresentável, carinhoso, meigo, inteligente, sorridente, sensível e educado, tenha aparecido no folhetim global para mostrar que o mundo perverso e homofóbico está cada vez mais violento e cruel, que é necessário mais que denúncias pelos crimes de ódio contra a vida de LGBT, que é urgente a luta por uma legislação federal específica que criminalize a homofobia para que haja um cessar de tantas mortes cruéis e violentas, tantas agressões e violações de direitos humanos de LGBT, e não exclusivamente, em qualquer faixa etária e geração, mas em particular com a juventude que vem cada vez mais sendo exterminada socialmente.
O fato é que ao ver um personagem tão parecido com o Alexandre Ivo, inclusive no seu assassinato - pois é notório e público e as provas são incontestes, um único assassino não exterminaria sozinho sua vítima, eles andam em dupla, em tripla e até mais - separamos a ficção da realidade. O encontro da sua mãe adotiva carioca da novela com o corpo do Gilvan foi o mesmo quando Angélica Ivo, a mãe da vida real, encontra seu filho no IML, só que com mais intensidade, com mais realidade e muito mais muitas lágrimas, pois o que a TV não mostra é feio – assim como a troca de afeto público ou privada do casal gay Eduardo e Hugo, que terão o mesmo fim do Gilvan e do ALEXANDRE IVO, serão assassinados.
Infelizmente, esse contraditório, pode até parecer pedagógico, mas não é essa a mensagem que a Globo, de certa forma, está passando,com os gays da novela, com o decreto da morte social da troca de afetos LGBT e os tantos preconceitos, radicalizados em muitas vezes com sustos (Roney), agressões (Chicão) e os assassinatos violentos (Gilvan e o casal esfriado e censurado, Eduardo e Hugo). Só sobrou o outro advogado gay que de tão assexuado nada acontece com ele. 

Ao que parece é que as cenas da MORTE devem também ter sido censuradas, mas está lá um corpo frio estendido no chão, tanto do Gilvan, como do Alexandre Ivo. Na TV só mostra os pés do menino, mas na vida real, estampada no jornal da cidade, o corpo de Alexandre Ivo apareceu, justamente, a reportagem estava na íntegra nas páginas policiais. Como na novela, seu assassinato não foi a “queima-roupa”, mas se diferenciou porque além dos socos e chutes, também teve paulada sobre todo o corpo, mas exclusivamente, como na novela, na cabeça, tanto que o laudo detalha o seu traumatismo craniano, mas diferente da novela, ele foi enforcado com sua própria camiseta, aquela da seleção brasileira de futebol, já que ele saiu vestido assim, simplesmente porque foi assistir a um jogo do Brasil por ocasião da Copa do Mundo na casa de sua amiga lésbica, junto com outros amigos gays e lésbicas. Outra diferença é a idade, apesar das aparências, o Gilvan diz ter 18 e o ALEXANDRE IVO tinha somente 14 anos de idade e tinha sonhos e planos, diferente do Gilvan, sobre o futuro, mas ambos de igual forma tinham desejos de viver se não fosse a retirada violenta desse direito por parte de alguns que sem civilidade, sem culpa e remorsos, continuam vivos por aí contando com a impunidade.

Pela Vida
Pela Paz
Tortura e Impunidade Nunca Mais!
Pela Criminalização da Homofobia!
Abraços Fraternos,
Angélica Ivo, 
Paula Ivo,
Marco José Duarte.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

MOVIMENTO LGBT e SENADORA MARTA SUPLICY PROPÕE "LEI ALEXANDRE IVO"

Jovem vítima de intolerância, o adolescente Alexandre Ivo, 14 anos, assassinado em 21 de junho de 2010, deve batizar o novo projeto anti-homofobia da Senadora Marta Suplicy, a exemplo da Lei Maria da Penha.



A exemplo da Lei Maria da Penha, a lei que será criada para combater a homofobia será batizada de Lei Alexandre Ivo, em homenagem ao adolescente que foi seqüestrado, torturado e assassinado, Alexandre Thomé Ivo Rojão, de 14 anos, no município de São Gonçalo (RJ), em 21 de junho do ano passado.
No começo de julho, o jovem Deco Ribeiro, diretor da ONG E-JOVENS (Escola de Jovens LGBT) de Campinas – SP sugeriu a proposta em listas de discussão LGBT e a idéia foi endossada por várias lideranças e setores do movimento LGBT brasileiro, inclusive da própria Senadora Marta Suplicy.
A questão veio à tona a partir, do assim denominado por alguns, da “demonização” do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 122/2006, de autoria da Deputada Federal Iara Bernardi, que pune a discriminação contra LGBT. O mesmo já tinha sido aprovado na Câmara Federal e seguiu para o Senado, onde teve uma nova redação da Senadora Fatima Cleide na última legislatura. No entanto, o mesmo, com a entrada da Senadora Marta Suplicy foi desarquivado, por questões da burocracia do parlamento brasileiro, mas a mesma apresentou um substitutivo para contemplar as demandas de evangélicos e católicos, mas houve uma reação por parte do movimento LGBT, ou seja, com a nova redação não haveria criminalização do discurso contrário à homossexualidade por parte de padres e pastores, por exemplo, e esses diziam temer medidas como a prisão, caso pronunciassem contrários aos LGBT. Nesse sentido a luta pela criminalização da homofobia por parte do movimento LGBT via no atual PLC 122 um furo e por outro, os reacionários, levados por verdades irracionais reacenderam nos últimos tempos, ainda mais agora, uma crítica severa ao PLC 122 como objeto de reação de setores evangélicos pentecostais conservadores e de setores reacionários mesmo, sem nenhum vínculo religioso, inclusive, começamos a ver a Marcha da Família para Jesus, se não houvessem LGBT evangélicos e oriundos de famílias e constituindo-se em famílias, independente de suas crenças religiosas. Cabe frisar que o Estado é LAICO e por isso mesmo, os parlamentares devem legislar para todos/as cidadãos brasileiros/as.
Deste modo, é que devido ao assim chamado processo de “demonização” do PLC 122 pela bancada evangélica e não evangélica, mas ambos, conservadores e reacionários, é que começou haver boatos que o projeto de lei não seria mais apresentado, que seria arquivado, que mudaria a numeração ou mesmo que seria apresentado um novo texto, mas mantendo as principais diretrizes no combate a homofobia.
Na verdade, o que estamos assistindo e discutindo, é um novo texto substitutivo ao PLC 122, com nova redação e daí a proposta de ser um novo Projeto de Lei, batizado de Alexandre Ivo, que vem exemplificar o que está querendo dizer quando da radicalidade que uma discriminação pode levar às últimas conseqüências, a morte.
A proposta desse novo projeto de lei que segue abaixo está em negociação, nada é definitivo, e na verdade ele é em si resultado de uma articulação pactuada com setores evangélicos conservadores (Marcelo Crivella e Magno Malta) e não conservadores (Benedita da Silva e Walter Pinheiro) e com não evangélicos conservadores (Demóstenes Torres), mas também com apoio da AGBLT, do seu presidente, Toni Reis que mesmo sendo a maior entidade do movimento LGBT não é a única no cenário nacional, o que requer um debate aberto com canais democráticos de participação de outras entidades e setoriais LGBT de outros partidos políticos que não só o do PT.
Agora a Senadora Marta Suplicy entregou a referida minuta do PL para os integrantes da Frente Parlamentar Mista LGBT (Jean Wyllys, Manoela D`Ávila e outros). Que discutirão com os deputados da bancada evangélica e com outros representantes do movimento LGBT. De qualquer forma, continua prevalecendo, no novo substitutivo, ainda, a não punição a declarações que desaconselhem o comportamento homossexual ou o critiquem do ponto de vista intelectual, desde que essas declarações sejam pacíficas. Isto tudo é o preço para manter o acordo entre os cristãos e aprovar uma lei que criminalize a homofobia no Brasil, que em suma define alguns crimes que correspondem a condutas discriminatórias motivadas por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero bem como pune, com o mesmo rigor do PLC 122, atos de violência praticados com a mesma motivação. Um desses crimes seria o de induzir alguém à prática de violência de qualquer natureza motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.
Segundo a Senadora Marta Suplicy, a proposta é que o projeto deverá ser apresentado em agosto e votado em outubro e que a opção de homenagear ALEXANDRE (V) IVO seria uma forma de seguir os passos da bem sucedida mobilização do movimento de mulheres que conquistou, em 2006, a Lei Maria da Penha. A legislação estabeleceu penas mais duras para violência doméstica e maior proteção para as vítimas. Assim, de acordo com a Senadora, um dos principais problemas que envolvia o PLC 122 era o preconceito criado em torno desse nome. Por isso, ela esclareceu a escolha de uma nova denominação para o projeto de lei: "Não há ninguém que possa ser contra um nome que irá homenagear um jovem que, aos 14 anos, foi torturado e morto por ser homossexual, o Alexandre Ivo."
Entendemos que essa pode ser uma alternativa que permita avançar em um resultado na aprovação de um instrumento legal mínimo, que mesmo não sendo o que lutamos pela aprovação do PLC 122, seria o possível, numa conjuntura adversa e com uma correlação de forças desfavoráveis a aprovação do mesmo, no entanto, é necessário “toda calma nesse hora” e avaliar com profundo rigor para avaliar o que queremos e onde queremos chegar, o que ganhamos e o que perdemos, e se isso também será pactuado com o movimento LGBT.
Para nós, familiares, parentes e amigos, todo APOIO a nova proposta de projeto de lei batizada de ALEXANDRE IVO, mas que essa lei realmente signifique um avanço sobre a questão da CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA no país, que o nome do nosso querido Alexandre Ivo traduza os anseios, respostas e demandas de luta pela vida e pela cidadania de LGBT do BRASIL em nome de tantas e tantos que já foram espancadas/os e assassinadas/os por ódio, discriminação e repulsa pelo simples fato de SER DIFERENTE.
Conheça o novo Projeto de Lei batizado de Alexandre Ivo:
O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta Lei define crimes que correspondem a condutas discriminatórias motivadas por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero bem como pune, com maior rigor, atos de violência praticados com a mesma motivação.

Art. 2º Para efeito desta Lei, o termo sexo é utilizado para distinguir homens e mulheres, o termo orientação sexual refere-se à heterossexualidade, à homossexualidade e à bissexualidade, e o termo identidade de gênero a transexualidade e travestilidade.

Discriminação no mercado de trabalho

Art. 3º Deixar de contratar alguém ou dificultar a sua contratação, quando atendidas as qualificações exigidas para o posto de trabalho, motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:

 Pena – reclusão, de um a três anos.

§ 1º A pena é aumentada de um terço se a discriminação se dá no acesso aos cargos, funções e contratos da Administração Pública.

§ 2º Nas mesmas penas incorre quem, durante o contrato de trabalho ou relação funcional, discrimina alguém motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

 Discriminação nas relações de consumo

Art. 4º Recusar ou impedir o acesso de alguém a estabelecimento comercial de qualquer natureza ou negar-lhe atendimento, motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:

Pena – reclusão, de um a três anos.

 Indução à violência

Art. 5º Induzir alguém à prática de violência de qualquer natureza motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:

Pena – reclusão, de um a três anos, além da pena aplicada à violência.


Art. 6º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações: 

“Art. 61.......

 II...............

m) motivado por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.”
 Art. 121..
 § 2º...........


 VI - em decorrência de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)
 Art. 129...

§ 9o  Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade ou em motivada por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)

 Art. 140.

“§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
....” (NR)

 “Art. 288....

Parágrafo único – A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado ou se a associação destina-se a cometer crimes por motivo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

Art. 7º Suprima-se o nomem iuris violência doméstica que antecede o § 9º, do art. 129, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


EU APOIO A LEI ALEXANDRE (V)IVO!!!





Por Justiça, Contra a Impunidade
Pela Vida e Pela Paz
Pela Criminalização da Homofobia

Abraços Fraternos,

Angélica Ivo
Paula Ivo
Marco José Duarte

P.S. Próxima Audiência Criminal do Caso Alexandre (V)Ivo - Quinta Audiência, dia 19 de julho, às 14 horas no Fórum de São Gonçalo - RJ.