sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Se desse tempo, meu filho faria 17 anos hoje!



Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho: sentimos sua falta, sentimos Saudades ! Mas sabemos que as alegrias vividas sempre farão parte de nossos corações ... a jornada foi interrompida mas hoje esse mesmo céu que contemplo está em festa e mais iluminado, pois hoje é seu aniversário meu filho amado e querido ALEXANDRE THOMÉ IVO RAJÃO ( 17 ANOS ).


Um grande beijo!!!!

De sua mãe que te ama, muito e sempre,

Angélica Ivo

ALEXANDRE (V)IVO, presente!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

“Vereadores 2012: Marco José Duarte/São Gonçalo”


Professor Marco José Duarte é candidato pelo PSOL à Câmara Municipal de São Gonçalo

Continuando com a série “Vereadores: Eleições 2012 e a cidadania LGBT”, promovida pelo site Gay Brasil, apresentamos o perfil de mais um candidato a vereador da Câmara Municipal de São Gonçalo – Rio de Janeiro. Desta vez entrevistamos Marco José Duarte que está concorrendo ao pleito pelo PSOL – Partido Socialismo e Liberdade.

Marco José Duarte é assistente social, psicólogo, sanitarista e professor da Faculdade de Serviço Social da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua, também, como pesquisador do LIDIS – Laboratório Integradoem Diversidade Sexuale de Gênero: Políticas e Direitos da UERJ.
O candidato do PSOL, gay assumido, é membro da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisaem Serviço Social(ABEPSS) e representante do Conselho Regional de Serviço Social – CRESS-RJ no Conselho Estadual LGBT do Estado do Rio de Janeiro. Militante LGBT e do Setorial LGBT do PSOL-RJ, o Professor Marco José Duarte é primo de Alexandre Ivo, um adolescente de 14 anos que foi brutalmente assassinado em junho de 2010, vítima da homofobia, na cidade de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Um dos crimes de maior repercussão da atualidade, Alexandre era jovem, inteligente, bem humorado, amoroso e de estilo próprio. Ele foi espancado até a morte por três homens que, depois, atiraram seu corpo em um terreno baldio. O motivo? Uma briga entre o grupo de amigos de Alexandre Ivo e três skinheads!
São Gonçalo integra a região metropolitana do Rio de Janeiro e possui uma população estimada em 1.016.128 habitantes, sendo a segunda mais populosa do estado e a décima sexta mais populosa do país.

Primo de Alexandre Ivo, adolescente de 14 anos, morto brutalmente por homofobia, o Professor Marco pretende lutar contra a violência aos LGBT da cidade e região

Nos seus inícios, no século XVI, a região onde hoje está São Gonçalo, era habitada pela nação indígena Tupinambá. O litoral fluminense, incluindo São Gonçalo, foi palco da revolta conhecida como Confederação dos Tamoios, que uniu tribos tubinambás e os franceses contra os portugueses. O fim da revolta se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população.

Conheça, a seguir, as plataformas de atuação pela cidadania, respeito e inclusão da diversidade sexual na ordem política municipal do Professor Marco José Duarte – PSOL/RJ.

GB – Você poderia apresentar para a eleitora/eleitor LGBT um breve relato de, no máximo três parágrafos, sobre sua história e atuação em prol dessa população?
Marco José Duarte – Nossa luta em prol da população LGBT começa há exatos 30 anos atrás, no Rio de Janeiro, através da participação em alguns grupos denominados na época de conscientização e direitos homossexuais, como se configurava o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB), tendo o Herbert Daniel com um dos seus expoentes mais conhecidos.
O enfrentamento ao preconceito e discriminação a LGBT e a luta pela promoção de direitos e cidadania de LGBT sempre foi a tônica da nossa militância histórica e mais atualmente na luta pela criminalização da homofobia, a partir do barbaramente assassinato, em São Gonçalo – RJ, cidade que moramos, de Alexandre Ivo, meu primo, de 14 anos, em 21 de junho de 2010.
Como professor e pesquisador da UERJ, venho nesses 25 anos abordando o tema da diversidade sexual, no ensino, na pesquisa e na produção de conhecimentos, como integrante do LIDIS – Laboratório Integradoem Diversidade Sexuale de Gênero: Políticas e Direitos da SR-3/UERJ, e como representante do Conselho Regional de Serviço Social – CRESS-RJ no Conselho Estadual LGBT do estado do Rio de Janeiro. Também, de forma militante, do Setorial LGBT do PSOL-RJ.

“Esse é um desafio que nos propusemos quando nos candidatamos, tendo em vista que em nossa cidade, a luta contra os conservadores e fundamentalistas começa na crítica a atual gestão municipal e a quase totalidade da Câmera dos Vereadores”, declarou Marco José Duarte em entrevista para o site Gay Brasil.

GB – Em um cenário político conservador e fundamentalista, contrário aos direitos da diversidade sexual, como você acredita que o vereador possa atuar a favor das políticas públicas para a população LGBT?
Marco José Duarte – Esse é um desafio que nos propusemos quando nos candidatamos, tendo em vista que em nossa cidade, a luta contra os conservadores e fundamentalistas começa na crítica a atual gestão municipal e a quase totalidade da Câmera dos Vereadores.
A homofobia é presente na cidade como um todo, tendo em vista o assassinato do meu primo Alexandre Ivo e tantos outros. Até hoje nada temos de concreto na cidade, com relação às políticas públicas LGBT. Por esse motivo que decidimos vir candidato, pela total ausência de uma representação política da população LGBT no cenário legislativo da cidade.
No entanto, entendemos que o que nos qualifica para essa atuação é necessariamente a nossa trajetória, nossa história de luta no campo dos direitos humanos, e em particular, na militância LGBT. Queremos que o nosso mandato seja participativo junto ao protagonismo dos movimentos LGBT da cidade apesar de sua fragilidade no contexto municipal, mas precisamos apostar nisso no sentido de que a diversidade se faça presente, com alianças e parcerias políticas possíveis desde que tenha como princípio ético-político a liberdade e o convívio com as diferenças.

GB – Você pretende interagir com o Executivo Municipal buscando aprovar projetos de lei que contemplem a comunidade LGBT? Quais projetos de lei você pretende apresentar?
Marco José Duarte – Evidente que estamos fazendo campanha para o candidato de nossa legenda, o PSOL, mas se tivermos outro prefeito ou prefeita, com certeza, estaremos fazendo pressão para que os projetos de lei que contemplem a comunidade LGBT sejam aprovados. Na cidade de São Gonçalo não há absolutamente nada em se tratando de políticas públicas com base no tripé da cidadania LGBT, ou seja, Plano Municipal LGBT, Conselho Municipal LGBT e a Coordenação Municipal da Diversidade Sexual, o que estaremos propondo, de igual forma a criação de um Centro de Referência Municipal de Promoção e Defesa da Cidadania LGBT “Alexandre Ivo”. Desta forma, o nosso mandato terá o comprometimento de apresentar esta necessidade política, tomando a histórica municipalização das políticas públicas e com esse recorte específico, privilegiando, também, as ações intersetoriais e transversais para promoção e defesa da cidadania LGBT, seja na educação, na saúde, na assistência social, no esporte e no lazer.

GB – Quais as áreas que você considera como fundamentais para a inclusão e cidadania da diversidade sexual?
Marco José Duarte – Além do tripé da cidadania LGBT que defendemos acima, incluindo o Centro de Referência LGBT, entendemos que as ações intersetoriais públicas devam ter como foco a inclusão e cidadania de LGBT, desde a formação e capacitação dos profissionais da rede pública de saúde, educação, assistência social, segurança e esporte e lazer, emprego, trabalho e renda, entre outras, no lidar com ética e responsabilização com a população LGBT, passando pela confecção de materiais didáticos para superação da homofobia, lesbofobia e transfobia nas instituições públicas municipais e na sociedade gonçalense, até na formulação de uma educação profissional pública para que as travestis não tenham a prostituição e/ou a “pista” como única fonte de renda e a implantação da política municipal da saúde integral da população LGBT, garantido o acesso das/os transexuais ao processo transexualizador do SUS.

GB – Por que a comunidade LGBT deve te eleger?
Marco José Duarte – A comunidade LGBT deve me eleger, pois sou uma candidatura que representa esta comunidade, sou gay, militante dos direitos LGBT, pesquisador desta temática, familiar de um adolescente assassinado pela homofobia na cidade, por defender uma cidade com vida, em suas diversidades e diferenças. Nossa candidatura e futuro mandato lutará contra as intolerâncias religiosas, contra o sexismo, contra a homofobia, contra o racismo, contra o machismo e contra todas as formas de preconceitos, junto com os/as trabalhadores/as, as mulheres, as juventudes, os idosos, os portadores de deficiência e de transtorno mental, pois entendemos que estamos representando a todos e a todas na luta contra a opressão e por uma sociedade pluralista, socialista e libertária.

domingo, 19 de agosto de 2012

Na Luta Contra a Homofobia, ALEXANDRE (V)IVO PRESENTE!

Evento na OAB de São Gonçalo: Direitos Humanos, Juventude e Violência - tributo aos 2 anos do assassinato de Alexandre (V)Ivo!

O Movimento ALEXANDRE (V)IVO e a OAB de São Gonçalo promovem uma MESA sobre DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE e VIOLÊNCIA como TRIBUTO aos 2 anos dos ASSASSINATOS de Alexandre Ivo e ao 1 ano da Juíza Dra Patrícia Acioli, dia 27 de agosto às 19 horas, na sede da OAB, com a presença do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), Sra Angélica Ivo, o presidente da OAB, Dr Jose Luiz Muniz e o criminalista Dr Reinaldo Pereira dos Santos.


Contamos com a presença de todos e todas
Movimento ALEXANDRE (V)IVO

quinta-feira, 21 de junho de 2012

2 ANOS DE LUTO, 2 ANOS DE LUTA: ALEXANDRE (V)IVO PRESENTE



Um militante dos direitos humanos LGBT do interior do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Menezes, do Grupo Cabo Free, presenteou a Angélica Ivo com dois poemas hoje, quando fazem 2 (dois) anos do assassinato de Alexandre Ivo, que reproduzimos abaixo.



"São dois anos apenas.


Setecentos e trinta dias de pura e infinda saudade agridoce.
São lembranças adocicadas que se deixam arranhar pela mais salgada das amarguras.



Ela quase que beira a insanidade disfarçada. Toma calmantes a mais, chora a mais, fica acordada a mais no vazio de sua existência que acredita ter perdido o sentido.



O que ela não sabe é do plano de Deus. Nosso corpo de nada mais serve quando nosso espírito cumpriu o que se havia de cumprir e assim tem sido por todo sempre.

Acredito que a saudade dele seja igual ou quem sabe maior, não há como romper o vinculo eterno entre mãe e filho. Acredito também que ele já esteja mais próximo, basta substituir o sofrimento pelo atentamento e observar que aquela lágrima já não é tão encorpada como há dois anos atrás, isso porque ela já precisa dar espaço pra felicidade chegar.

Nada é por acaso meu amor, acredite nisso fielmente. Tudo é apenas um desencontro triste mas necessário para que os desígnios de quem deu a feliz oportunidade de que você mãe dele sejam cumpridos.

É tudo questão de disciplina e atenção. É transferir a melancolia por saudade doce, é trocar a tristeza pelos estudos da alma e as coisas certamente vão se acalmar.

A nossa vida é o nosso livro e saber lê-lo é a maior dádiva que podemos negociar com o destino que não escreve nada por acaso, nada mesmo.

Um dia essa saudade da lugar ao reencontro e vais perceber o quão boba parecestes pra uma situação que só precisava do tempo exato pra por um sorriso tua face. Como eu disse, é tudo uma questão de contentamento, aceitação e disciplina.

Às vezes ele chega a te tocar a face, mas talvez você não sinta porque existe ainda uma camada tenra de lágrimas adormecendo seu rosto. Seque-as , enxugue-se, dispa-se desse remendo invulnerável e se deixe absorver . 
Feche os olhos apenas e irás escutar o sussurro do amor em teus tímpanos, dizendo “ Mãe, não chore mais por mim, apenas sorria porque o que havia de ser feito eu fiz, cumpri minha missão, que nada mais era do que ser seu filho, estive ai pra isso, para que você pudesse me dar seu imenso amor”

Angélica, Deus sabe realmente o que faz e já é hora de seguir em frente. Observe o que realmente importa nessa trajetória e foque no que ameniza a angustia de não telo mais fisicamente. Deixe-se lavar das tristezas, deixe essa pedra que carregas no bolso de trás na próxima estação de trem e siga adiante.

Alexandre não foi embora pra sempre, como você não está aqui pra sempre. É tudo questão de disciplina, estudo e percepção. 
O amor sempre está mais próximo do que podemos perceber.

Um grande beijo no avesso do seu coração".




Fragmento do outro texto enviado:

"Eu já li e reli tudo o que ele escreveu, os planos que traçou inutilmente, os anseios de menino bobo, meu filho bobo.
Por Deus, trocar o que pelo que? Não existe ouro, não existe riqueza que se sobreponha ao flagelo que sou hoje por dentro 
e não há amor que supra o esgoto em que se transformou meu coração.
Eu tento sobreviver diante do colapso que se tornou minha existência inútil olhando pelo ângulo que fui impedida de vê-lo se mutar em adulto. O que faço agora?
Eu viajo na luta por justiça, eu cai de cabeça no poço de vaidades e egoísmos que é a militância em nome do meu filho que por sua vez,nunca me disse que era gay. Eu preciso absorver calada as criticas, a dúvida, a calunia, quando eu somente queria estar cozinhando pra ele que nos meus sonhos estaria prestes a chegar .
Eu faço de tudo pra suprir a necessidade absoluta de continuar a criá-lo, de protegê-lo e isso não é possível.
Eu me entrego a falas, a desabafos, a momentos em que acontece um silêncio para me ouvirem, observo lágrimas, algumas verdadeiras, outras não, já que a dor de ter um filho morto só sabe quem teve que enterrar o amor em uma cova e deixá-lo pra trás para que a vida de uma maneira que ainda não descobri qual é, continue, porque dizem que eu ainda estou viva e eu não sei se é isso é realmente verdade.
Depois que a fala se encerra, observo que a minha luta é somente minha".


Rafael Menezes
ONG Cabo Free
Cabo Frio - RJ

ALEXANDRE (V)IVO PRESENTE!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Angelica Ivo e Zuzu Angel: A Procura da Justiça por seus filhos!

"Durante a ditadura militar, assistimos a ferozes atrocidades de assassinatos.

Dentre eles, pudemos saber do assassinato de Stuart Angel Jones. Após seu sumiço, a mãe, a famosa estilista Zuzu Angel (vulgo), procurou incessantemente Justiça pela morte do filho, o que rendeu também seu assassinato.


 
Não sei se mera coincidência, Chico Buarque fez uma música que tratava dessa mãe e chamou a poesia-canção de "Angélica", mesmo nome da mãe de Alexandre Ivo.

Alexandre e sua mãe Angélica Ivo por ocasião do aniversário de 15 anos de sua irmã Paula
 
Embora com evidentes diferenças, a busca por Justiça se repete às Angélicas.
 
Vejamos a música e comparemos:
 
 ANGÉLICA
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar"
 
 
Manifestação-ATO do movimento Alexandre (V)Ivo por Justiça

Cleber Teixeira
Coordenador do Colegiado do Fórum Estadual LGBT do ES 



"Porque há o direito ao grito, então eu grito." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 28 de março de 2012

CARTA DE UMA MÃE QUE PERDEU SEU FILHO ASSASSINADO PELA HOMOFOBIA

No dia 22 de março foi aprovado, em primeira votação pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, o Projeto de Lei 1082/2011 de autoria do Vereador Carlos Bolsonaro (PP) que proíbe a distribuição de qualquer material didático sobre diversidade sexual e combate à homofobia nas escolas públicas da capital do Rio de Janeiro. Na segunda votação, ontem, dia 27 de março, houve várias mobilizações, nas redes sociais, blogs, cartas, abaixo-assinados, etc, tanto para os vereadores quanto para o Prefeito Eduardo Paes. A resposta foi dada e ao PL foram apresentadas duas emendas de autoria dos vereadores Paulo Messina (PV) e Edison da Creatinina (PV). Com isso, volta para análise das Comissões Permanentes, sem data definida para uma segunda votação em plenário.


Angelica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, assassinado aos 14 anos por crime de ódio - homofobia, fez uma Carta ao Prefeito Eduardo Paes sobre a posição de uma mãe sobre o PL homofóbico e antidemocrático.

"Caro Prefeito Eduardo Paes,
Sou uma mulher, uma filha e uma mãe que carrego comigo a maior dor que um ser humano pode carregar: a dor de ter um filho assassinado pela homofobia.
O meu filho foi torturado por três indivíduos de porte físico maior que o dele durante 3 horas. Ele lutou o quanto pôde por sua vida e sofreu todas as atrocidades que um crime de ódio pode produzir em um ser humano. Um menino de 14 anos que tinha o maior medo da violência e a sofreu na íntegra – e como golpe final eles usaram a própria camisa do meu filho e o enforcaram.
Isso ocorreu em São Gonçalo, em 20/06/20l0, durante a Copa do Mundo da África, e de lá pra cá me dei conta de que a homofobia mata, a homofobia produz assassinos e deixa marcas que vamos carregá-las durante nossa existência.
E é por isso que estou usando este espaço para que tome conhecimento de que desde o assassinato do meu filho essa estatística vem crescendo absurdamente não só na população LGBT mas em outros campos. E o senhor como homem, como filho e principalmente como pai deve tomar uma posição para que possamos de verdade fazer políticas públicas voltadas para esse assunto, para que mães como eu não venham a ver seus filhos desfigurados pela intolerância a ponto de ter que enterrá-los como foi o meu caso
… pela ignorância, pelo preconceito, e o que é pior: pela falta de LEI e JUSTIÇA que assola nosso país,
… e principalmente por parlamentares que insistem em votar LEIS usando discursos RELIGIOSOS.
Esse é um pedido de mãe que ainda está em busca de JUSTIÇA pelo assassinato do meu filho ALEXANDRE THOMÉ IVO RAJÃO."
ANGÉLICA IVO
23.03.2012

PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA!



Agradecemos ao Site BABADO CERTO pela divulgação da Carta.
 http://babadocerto.com/2012/03/28/apelo-de-mae-de-vitima-de-homofobia-ao-prefeito-do-rio-de-janeiro/#comment-57004

A mesma CARTA originalmente se encontra no perfil da Comunidade Lei Alexandre Ivo - Oficial no Facebook
http://www.facebook.com/pages/Lei-Alexandre-Ivo-OFICIAL/149014631845962?ref=ts

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Gualter/Gambá - o Rei dos Passinhos e ALEXANDRE (V)IVO: Semelhanças!

QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA: 
Nossos jovens estão sendo exterminados!

Gualter Damasceno Rocha - o Gambá - o Rei dos Passinhos


ASFIXIA MECÂNICA! Esse é o laudo de Gualter Damasceno Rocha, o Gambá, o Rei dos Passinhos, mas também o mesmo laudo de ALEXANDRE (V)IVO.


Nesta sexta-feira, dia 10 de fevereiro de 2012, dois homens foram presos pelo crime, no dia 23 de junho de 2010, três rapazes foram presos pelo crime de assassinato de ALEXANDRE (V)IVO. Todos eles, tanto num caso, como no outro, negam participação e envolvimento no crime.
A família do Rei dos Passinhos reconhece, cinco dias depois, que o corpo enterrado como indigente, de forma anônima era de Gualter. A família de ALEXANDRE (V)IVO tem a mesma via crucis, reconhece o corpo no IML dois dias depois, conseguindo enterrar seu morto com dignidade.
As câmeras de vigilância das empresas, tanto em um caso, quanto em outro, mostram os nossos mortos, ainda com vida,  "olhando para trás" para tentar conferir se há alguém atrás deles, quem os seguia.
Ambos, Gualter e ALEXANDRE (V)IVO estão desarmados e desesperados, e as câmeras continuam a gravar, mas eles não estão mais na área de cobertura das mesmas. E ambas não gravam nenhuma perseguição. Gualter sem camisa, mas com calça jeans e tenis e ALEXANDRE (V)IVO com um short jeans, uma camisa da seleção brasileira (na época era Copa do Mundo), a mesma que foi usado para estrangulá-lo, e de sandália de dedos. Os dois, mesmo com seus gritos de socorro, não foram atendidos por nenhum cidadão seja carioca ou gonçalense, seria porque aparentemente estavam desarrumados? Ou porque a indiferença à vida alheia é a ética da atual convivência? As portas das casas trancadas, ninguém viu ou ouviu nada em ambos os casos.
A razão dos assassinatos são as drogas! Tanto em um caso, quanto no outro, os assassinos e seus familiares afirmam isso. No caso de ALEXANDRE (V)IVO foi pedido até exame toxicológico para comprovar que os nossos mortos, ainda em vida, só queriam mesmo se divertir nas festas, sem drogas, dançar, porque gostavam de dançar, cantar, porque gostavam de cantar, e isso independente das horas que se passam, seja porque já é madrugada ou porque amanheceu, "porque o tempo, o tempo não para, não para não, não para" e se segue. O Outro, ou os outros, tiram a vida sem dó nem piedade, colocando a culpa no ausente da cena dos crimes de assassinato, as drogas. Os culpados, em ambos os casos, foram as MÃOS de selvagens, cruéis, desumanos e homofóbicos.
Os laudos do IML comprovam que tanto Gualter quanto ALEXANDRE (V)IVO foram brutalmente espancados, com lesões em todo o corpo, e que a causa da morte foi ASFIXIA MECÂNICA. Os dois foram assassinados por estrangulamento.

Ambas as famílias querem justiça e ambas não sabem quais os motivos que levam a pessoas dessa desumanidade a fazer tal requinte de crueldade com seus filhos, irmãos, primos e amigos. É difícil entender mesmo. 

Abaixo reportagem do Fantástico - 12/02/2012 sobre a história do assassinato de Gualter

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1678361-15605,00.html
Neste outro link, a reportagem do Fantástico, 10/01/2011, mesmo de forma pontual, aborda o assassinato de ALEXANDRE (V)IVO!
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1640390-15605,00.html

PELA VIDA, PELA PAZ
TORTURA, VIOLÊNCIA e ASSASSINATO NUNCA MAIS!

sábado, 28 de janeiro de 2012

SOMOS TODAS/OS ALEXANDRE (V)IVO NO CARNAVAL 2012

O BLOCO CABO FREE (ONG LGBT em Cabo Frio-RJ) terá como tema esse ano, 2012, " SOMOS TODOS ALEXANDRE IVO " que homenageia o nosso querido ALEXANDRE IVO, assassinado com 14 anos em São Gonçalo-RJ por 3 monstros que até hoje não foram condenados. A mãe dele, Angélica Ivo, luta incansavelmente para que a lei que criminaliza a homofobia seja aprovada. 

Abaixo o BANNER DO BLOCO!


Pela Aprovação do PLC 122 - LEI ALEXANDRE IVO.